Relatório mostra como jornalistas ambientais sofrem ameaças pelo mundo

Documento é resultado de entrevistas com 40 profissionais de 21 países, traçando um quadro que apresenta além dos riscos pessoais

Documento traz como exemplo caso do jornalista britânico Dom Phillips, assassinado na Amazônia - Crédito: Banco de Imagens/Canva

O relatório produzido pelo International Press Institute (IPI) - Instituto Internacional de Imprensa, em tradução livre - chegou à conclusão de que ao mesmo tempo em que a consciência sobre o impacto das mudanças climáticas e de práticas predatórias sobre a natureza e as pessoas cresce, aumenta também o risco para profissionais de Jornalismo Ambiental em todo o planeta. O documento 'Climate and Environmental Journalism Under Fire' - Jornalismo Climático e Ambiental Sob Ataque, em tradução livre - é resultado de entrevistas com 40 profissionais de 21 países e busca traçar um quadro que apresenta além dos riscos pessoais. O relatório completo pode ser acessado por meio do link.

O material mostra como a liberdade é comprometida por essas ameaças, afetando negativamente os esforços para reverter a crise ambiental e climática. A lista de problemas que afetam os profissionais que praticam o Jornalismo Ambiental é extensa, como: prisões, assédio legal e on-line, campanhas de ódio nas redes sociais e restrições à liberdade de circulação. Também existem os obstáculos no acesso à informação e a violência, que muitas vezes terminam com morte. 

O documento traz como exemplo o caso do jornalista britânico Dom Phillips, assassinado na Amazônia junto com o indigenista Bruno Pereira. Bruno não estava fazendo reportagens, mas documentava a situação no Vale do Javari para um livro. Outro aspecto destacado no relatório foi de jornalistas ameaçados nas próprias comunidades. O estudo aponta que muitos desses profissionais atuam como freelancers e acabam atacados por membros de suas próprias regiões, que estão envolvidos ou se beneficiam de atividades ilegais.

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